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terça-feira, 7 de junho de 2011

Relato: Cinema B parte 3


por Everton Pereira

Para finalizar a equipe do blog agradece a participação do nosso colega de classe, que como apreciador de cinema aceitou falar do que indica em se tratando de cinema B.

Outra influência externa ao cinema e a música, tem um filme muito bom que conheci por fuçar as coisas do Tom Waits, o Tom é um velho louco e performático que tem um som todo seu, que mescla blues, jazz e uns batuques inimitáveis, assim como a voz bem grave, quem não conhece indico fuçar pela net da vida, toca uma música dele no filme Clube da Luta, e ele participou do ultimo filme do Heath Ledger antes de morrer, ele era o Diabo e o filme é o The Imaginarium of Doctor Parnassus.    


O Down by Low trata das peripécias de três pirados que foram presos injustamente, a fotografia é muito boa e a trilha já conta com o Waits, que é um show a parte.

Fechando meu apanhado vou falar de algo que vi a pouco, o filme é de 1985, do russo Elem Klimov, não é muito conhecido, mas a temática é bem conhecida, fala da ocupação nazista na Bielorrússia e dos massacres decorrentes do nazismo, as imagens e cenas são pesadíssimas, mas provavelmente, bem fiéis aos fatos que ocorreram naquela região,  esse filme conheci por intermédio de um amigo meu, como disse no decorrer do texto as fontes são variáveis, música, literatura, amigos, etc etc...

Bom, eu poderia escrever um livro aqui como deve ter dado pra perceber, fiz um apanhado do que me veio a cabeça e sai digitando hehe.

Um abraço ao pessoal do blog, sorte nessa empreitada ladobezística! 

Link do “Venha e Veja”:

http://youtu.be/sM4rmYrlIk4 

Relato: Cinema B parte 2

por Everton Pereira


Com Akira Kurosawa, temos a mesma idéia de tomadas mais longas e reflexivas como em Skelter, postado anteriormente, textos mais intimistas e questionadores dos pragmatismos de cada um, de Kurosawa indico O idiota, uma adaptação bem particular da obra de Dostoievski.

Bergman e o seu Sétimo Selo, uma pedrada psíquica frente às necessidades humanas, o sentido da vida em meio às degradações e o medo da morte, onde a personagem que incorpora a humanidade disputa uma partida de xadrez com a personificação da morte, e em meio a blefs e jogadas da partida, tenta descobrir o sentido da vida, já assisti este filme umas três vezes, e cada vez tenho uma percepção diferente, é atemporal.

Relatos: Cinema B


por Everton Pereira

Minha memória sobre a tomada de gosto pelo chamado “filme b” é algo bem remoto, coisa de uns dez anos atrás, posso chutar algum precursor, mas obviamente nada vem por acaso, e a arte do cinema veio até mim num conglomerado de outras influências, por exemplo, na filmografia de Andrey Tarkovski, que conheci por intermédio das poesias de seu pai Arseny Tarkovski.


Andrey tinha por mérito em algumas passagens de seus filmes utilizar versos de seu pai, mesclando um sincronismo entre as imagens e os textos, acho que assisti quase todos dele, posso citar Stalker, esse filme tem uma curiosidade fudida, anos depois todos que participaram dele morreram, inclusive o próprio Tarkovski, de complicações cancerígenas provavelmente ligadas as acomodações das gravações, que foram feitas na Estônia que possuía um desenvolvimento industrial/radioativo muito grande.
Na minha visão e pelo que li sobre o filme ele discorre sobre as necessidades de refúgio do ser humano, a história se passa com três indivíduos chave, um seria o Stalker ou, numa tradução grosseira "aquele que espreita" que é uma espécie de guia para os outros dois personagens que vão a procura de uma “zona”; no interior da zona há um quarto capaz de realizar os desejos de qualquer pessoa que nele conseguisse entrar, desejos estes não de cunho material, pelo menos a vista da película, algo como o encontro consigo mesmo e realizações psíquicas, após a ultrapassagem de todas as armadilhas que só um Stalker poderia sobrepor.