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terça-feira, 7 de junho de 2011

Relatos: Cinema B


por Everton Pereira

Minha memória sobre a tomada de gosto pelo chamado “filme b” é algo bem remoto, coisa de uns dez anos atrás, posso chutar algum precursor, mas obviamente nada vem por acaso, e a arte do cinema veio até mim num conglomerado de outras influências, por exemplo, na filmografia de Andrey Tarkovski, que conheci por intermédio das poesias de seu pai Arseny Tarkovski.


Andrey tinha por mérito em algumas passagens de seus filmes utilizar versos de seu pai, mesclando um sincronismo entre as imagens e os textos, acho que assisti quase todos dele, posso citar Stalker, esse filme tem uma curiosidade fudida, anos depois todos que participaram dele morreram, inclusive o próprio Tarkovski, de complicações cancerígenas provavelmente ligadas as acomodações das gravações, que foram feitas na Estônia que possuía um desenvolvimento industrial/radioativo muito grande.
Na minha visão e pelo que li sobre o filme ele discorre sobre as necessidades de refúgio do ser humano, a história se passa com três indivíduos chave, um seria o Stalker ou, numa tradução grosseira "aquele que espreita" que é uma espécie de guia para os outros dois personagens que vão a procura de uma “zona”; no interior da zona há um quarto capaz de realizar os desejos de qualquer pessoa que nele conseguisse entrar, desejos estes não de cunho material, pelo menos a vista da película, algo como o encontro consigo mesmo e realizações psíquicas, após a ultrapassagem de todas as armadilhas que só um Stalker poderia sobrepor.

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